As novas tecnologias abrem cada vez mais espaço para a pluralidade e acessibilidade na educação. Dentro disso, o surgimento de cursos livres de curta duração e com a proposta de aprimorar alguma habilidade, entram na lista das possibilidades educacionais para buscar qualificação no mercado de trabalho.

Essa modalidade de cursos engloba, por exemplo, os de idiomas, web design e até mesmo fotografia. Claro, as opções são inúmeras e dependem tanto do interesse dos alunos, quanto da proposta dos gestores do curso. Por não ser reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), os cursos não seguem uma diretriz curricular específica e os alunos ingressantes não necessitam de comprovações acadêmicas anteriores.

Um pouco mais sobre a legislação vigente

Para estruturar e dar início a um curso livre é necessário, em um primeiro momento, conhecer o que diz a legislação vigente. De acordo com a Lei nº. 9394/96, o Decreto nº. 5.154/04 e a Deliberação CEE 14/97,  é considerada uma ''modalidade de ensino não-formal de duração variável, destinadas a proporcionar ao trabalhador conhecimentos que lhe permitam profissionalizar-se, qualificar-se e atualizar-se para o trabalho.''

Mesmo sem a regulamentação do MEC, é considerada válida em todo o território nacional.  Isso ocorre porque o ministério apenas gere cursos com duração mínima de 360 horas, sendo assim, os cursos livres podem ter a carga horária determinada pelo profissional ou instituição que oferta o conteúdo, podendo funcionar na modalidade presencial ou a distância.

Cursos livres a distância

Agora que você já está a par do funcionamento e classificação legal desses cursos, vamos entender um pouco mais sobre a modalidade virtual. Para os futuros alunos, a busca por praticidade, acessibilidade e qualidade de conteúdo são muito importantes no momento de decidir o seu curso.

O movimento no setor educacional, levando em consideração as necessidades dos estudantes, vem se inclinando cada vez mais para uma evolução do ensino remoto e na variedade de cursos de aperfeiçoamento profissional. O formato virtual, portanto, oferece aos alunos uma maior flexibilidade tanto no acesso às plataformas quanto no próprio aprendizado, tendo em vista a possibilidade de fazer o seu próprio horário e escolher o melhor espaço físico. Outro ponto importante quando falamos em acessibilidade são os valores de investimento em relação a duração do curso, e também em comparação com os presenciais.

A democratização desses cursos levam, também, ao seu aumento exponencial em quantidade no mercado. Para promover um curso livre, de qualidade confirmada e que seja passível de atrair um grande número de estudantes, é preciso ter em mente que o reconhecimento da instituição ou profissional que o oferece irá impactar diretamente na escolha dos alunos. É preciso, então, trabalhar na construção dessa autoridade, investindo, por exemplo, em conteúdo relevante antes mesmo de lançar e promover o curso. A associação com empresas e profissionais que somem credibilidade a sua imagem ou empresa, assim como os feedbacks de quem já concluiu o conteúdo irão auxiliar a promover a sua autoridade.

Alguns formatos de cursos livres

Como já mencionado anteriormente, os cursos livres não são geridos pelo MEC e, por esse motivo, a forma como se estrutura o curso é de responsabilidade do profissional, que deve ter sempre em mente a melhor organização para gerar a sua autoridade e conquistar mais alunos.

De modo geral, os cursos livres podem ser:

  • Massivos e atemporais, com aulas gravadas e comunicação assíncrona;
  • Flexíveis e personalizados, com aulas ao vivo e interação síncrona;
  • Conjunto dos dois, com momentos síncronos e assíncronos

O tempo de duração também é relativo, seguindo a proposta de aprendizagem especificada no seu curso e alinhado com o perfil do seu público-alvo. Outra dica importante é basear os seus conteúdos e formatos de acordo com as tendências de mercado, sejam atuais ou futuras.

Primeiros passos para criar o curso

Até o momento podemos ter uma base sobre as preferências dos acadêmicos e o que é capaz de os engajar em maior número a iniciar um curso livre. Mas para criar o seu próprio curso, o que é mais necessário?

Bom, antes mesmo de ter o briefing ou a ideia do seu conteúdo, é relevante destacar que para abrir um curso livre não é necessário possuir CNPJ, sendo você um especialista no assunto que irá ministrar. Entretanto, pode ser interessante estruturar o seu empreendimento com base em pessoa jurídica, uma vez que os impostos sob a pessoa física no Brasil são relativamente superiores. O cadastro como Microempreendedor Individual (MEI) pode ser uma boa alternativa para conseguir o seu CNPJ a baixas taxas.

Quando pensar no melhor assunto para focar meu curso, é importante que ele seja do seu domínio e que te dê prazer em ensinar. Para o aluno é necessário que haja a sensação de que aquele tutor realmente aprecia o conteúdo e que será capaz de ensiná-lo da melhor maneira possível. Para chegar nesse aluno, primeiro é preciso entender e pesquisar quem é o público-alvo: o que ele consome? Em quais canais digitais ele procura por cursos? Quais cursos mais o interessam? A pesquisa de mercado é muito importante para atingir o público ideal e fazer com que ele note o seu curso.

A emissão de certificados pode ser, também, uma ótima maneira de conquistar os seus alunos. Mesmo os documentos não tendo validade oficial perante o governo federal, os certificados são bem vistos no mercado de trabalho e podem, inclusive, ser uma oportunidade de aumentar a imagem da sua empresa.


Conhecimento, técnica e vontade são elementos fundamentais para criar e gerir da melhor maneira possível o seu curso, além de ser a base para a motivação de seus futuros alunos. Para ver um pouco mais sobre a modalidade virtual e as suas particularidades em relação ao presencial, acesse o conteúdo Como adaptar meu Plano de Ensino Presencial para o EAD.