Este é um assunto que está super em voga e sendo debatido nos mais diversos cenários. Temos algumas frentes de peso como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) que já utilizam algumas competências do século XXI como parâmetro para constituição de índices de desenvolvimento sociais e educacionais. Também encontramos esse tema na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), já na sua última versão.

Alguns autores também utilizam os termos competências socioemocionais e, em inglês, você encontrará referências a partir do termo Social and Emotional Learning (SEL). Há algumas diferenças, mas a essência é a mesma! Antes de falarmos sobre uma educação para o século XXI e socioemocional, vamos entender um pouco sobre o que são competências e habilidades.

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Definição de Competências e habilidades

Uma competência pode ser definida pelo conjunto de conhecimentos (saberes), habilidades (saber fazer) e as atitudes (saber ser). Na educação seu conceito começou a ser mais utilizado a partir da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) que teve como propósito a sugestão de um currículo escolar para o ensino médio orientado ao desenvolvimento de uma formação integral e pautada na cidadania. Uma educação que fomentasse a integração entre conhecimentos teóricos e práticos, tornando os estudantes capazes de utilizar esses saberes para a vida nos mais variados contextos, transformando-se cidadãos globais. Para Jean Piaget e Noan Chomsky:

“A espécie humana tem a capacidade inata de construir o conhecimento na interação com o mundo; de referenciá-lo e significá-lo social e culturalmente; de mobilizar este conhecimento frente a novas situações de forma criativa, reconstruindo no desempenho as possibilidades que as competências, ou os esquemas mentais, ou ainda a gramática interna, permitem potencialmente.”

Somos sujeitos pensantes e articuladores. Por isso, necessitamos de uma educação que cultive e estimule nossas capacidades cognitivas e sociais.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as competências são ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que interagimos. Sendo assim, não podemos nos limitar a um processo educativo que transmita apenas conhecimento. Essa mobilização de saberes deve acontecer através das construções coletivas, da prática e do empirismo. As aulas bem como os currículos escolares não podem estar sujeitos apenas aos conteúdos didáticos. Gestão educacional e acadêmica têm um papel extremamente importante. Devem, juntos, articularem para construir um plano que envolva o desenvolvimento de competências e habilidades para a vida e não apenas uma lista de conteúdos.

Mas então, o que são competências e habilidades para o século XXI?

Competências e Habilidades para o século XXI ou Competências Socioemocionais. Podemos utilizar os dois termos e ainda assim chegaremos a mesma conclusão: educação para a vida. Quando pensamos nessa educação, vislumbramos pessoas capazes de atuarem de forma significativa na sociedade. Muito além dos aprendizados cognitivos, tem-se como foco os aprendizados sociais e atitudinais. Saber viver em comunidade.

“Olhar para o desenvolvimento da colaboração no ensino de uma disciplina enriquece o aprendizado. Esses estudos mais robustos mostram que o desenvolvimento dessas habilidades na escola dá ao estudante maior capacidade para resolver questões referentes à sua vida em sociedade.” Simone André, gerente-executiva de educação do Instituto Ayrton Senna.

Os ambientes de aprendizagem são fundamentais no desenvolvimento dessas competências, e compõem esses espaços juntos da rede familiar e do ambiente de trabalho. Estamos na Era da Globalização, precisamos ter uma compreensão de mundo, e não apenas do espaço em que ocupamos na sociedade. Esse pensamento é vital para garantirmos o futuro das próximas gerações.

Na imagem a seguir ilustraremos algumas habilidades. Importante salientar que esse é um exemplo de classificação das competências. Existem outros formatos de organização e diversas tantas outras habilidades que podem ser desenvolvidas.

Podemos organizá-las em 3 grandes tópicos: cognição, interpessoal e intrapessoal.

Cognição: está orientada para as estratégias de aprendizado. Podemos citar: criatividade, memória, pensamento crítico, entre outros. Está pautada pela aprendizagem cognitiva.

Interpessoal: são as habilidades referentes a expressar ideias, interpretar e responder aos estímulos de outras pessoas.

Intrapessoal: podemos denominar por inteligência emocional. Está conectado com nossa capacidade de lidar com as emoções e sentimentos.

As competências do século XXI ou socioemocionais, quando trabalhadas e desenvolvidas, levam-nos para um novo patamar que designamos como Cidadania Global.

Você sabe o significado de Cidadania Global?

“A cidadania global está marcada por um entendimento da interconectividade global e um compromisso com o bem coletivo.” Professor Carlos Alberto Torres, diretor do Instituto Paulo Freire e membro da Escola de Educação da UCLA.

A cidadania global pode ser definida como sem fronteiras ou planetária, onde todos se sentem parte do processo. É a preocupação com o bem estar global.

Cidadãos globais são indivíduos capazes de analisar criticamente as questões da vida real para então propor soluções criativas e inovadoras. Eles apoiam suas comunidades e, através de suas visões de mundo, constroem futuros possíveis. São capazes de articular nas mais variadas frentes e áreas de interesse. Estimulam o trabalho cooperativo e não se limitam a ações individuais.

Se formos analisar o diagrama dos princípios da Cidadania Global observaremos que a maioria dos tópicos se destina as competências e habilidades do século XXI

Isso só reforça a importância do desenvolvimento de uma educação socioemocional, voltada para a formação de valores e consolidada nas práticas da empatia e cuidado com o próximo. Constantemente nosso mundo se transforma e com ele as pessoas. Temos que nos desafiar e desafiar as próximas gerações a buscar um desenvolvimento integral.


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