10 maneiras eficazes para usar videoconferência em universidades

As universidades precisam se reinventar, buscar novas formas de engajar seus alunos e lidar com as transformações constantes das sociedades. Sabemos que a tecnologia pode ser uma aliada quando bem utilizada frente às necessidades organizacionais.

Ser criativo, inovativo e saber se reinventar são características essenciais para os negócios que pretendem se consolidar. Entretanto, não é necessário incorporar todo tipo de tecnologia ou modernidades a fim de se sentir “atualizado”. Com alguns recursos e muita imaginação alinhados a proposta da empresa já é possível fazer muito.

Pensando nisso, neste post vamos abordar 10 formas que as instituições de ensino podem inovar e se beneficiar com o uso da videoconferência.

#1 Semana acadêmica

A maioria das universidades reservam de 3 a 5 dias no ano para organização de suas semanas acadêmicas, que normalmente acontecem no início ou meio do ano. Elas têm como intuito proporcionar aos alunos momentos de aprendizados e trocas de experiências. Geralmente contam com o apoio dos professores e demais convidados para abordar temáticas variadas e atualidades.

É um período muito bacana para se familiarizar com professores, colegas e própria instituição. Porém, você já imaginou viver toda essa experiência de forma online ao vivo? Pode parecer um pouco estranho, mas na verdade é uma possibilidade muito bacana para quem não consegue estar fisicamente presente todos os dias ou até mesmo tem a vontade de participar de semanas acadêmicas de outros cursos. Além disso, é uma super opção para instituições de ensino que atuam de forma totalmente a distância.

#2 Ensino híbrido

O ensino híbrido já é uma prática bastante difundida para as instituições que apostam nas metodologias ativas. Tem como proposta unificar processos presenciais com a EAD, que significa proporcionar experiências tanto em sala de aula quanto online. Não precisa ser um curso a distância ou disciplina a distância. Pode ser um curso presencial que tem como proposta a realização de atividades no formato digital ou virtual.

Além de poder proporcionar mais liberdade e dinamismo, também incentiva a autonomia e responsabilidade dos estudantes para que tenham a capacidade de distinguir tais momentos e se adequarem a modelos mistos de ensino e aprendizagem.

Nas etapas online do ensino híbrido, é importante a disponibilização de ferramentas para comunicação ao vivo, seja para aulas, trabalhos em grupo ou auxílio com dúvidas. Ferramentas que ajudem a aproximar as pessoas.

#3 Demandas individuais

Flexibilidade no ensino é compreender as particularidades e necessidades individuais dos estudantes e ainda assim conseguir atuar no coletivo. Para tanto, é necessário conhecer seu público e também oportunizar espaços para que possam solicitar recursos da universidade e até mesmo informar melhores momentos para a integração do grupo.

Quando falamos em demanda, trazemos à tona a necessidade de entender os indivíduos que permeiam a instituição de ensino e como estes preferem lidar com seus tempos de ensino e aprendizado. Não é fazer aquilo que o aluno quer, mas viabilizar mecanismos para que todos se sintam parte e possam de alguma forma aproveitar os momentos tanto em sala como através do mundo virtual. Desse modo, é super válido abrir espaço para que os próprios alunos discutam horários e dias para, por exemplo, fazer agendamentos com professores e tutores e terem esse tempo para realização de uma videoconferência ou até mesmo um suporte online. Esse tipo de organização pode ser muito mais interessante do que um pré agendamento com horários fixos de atividades EAD ou encontros virtuais.

#4 Agenda fixa

Com a agenda fixa, tanto estudante quanto universidade podem realizar uma gestão do tempo de forma mais organizada. Ajuda a instituir na cultura organizacional momentos de atendimento online e digital, além de proporcionar a distribuição das salas virtuais e reservas com antecedência. E mesmo o aluno sabendo que naquele horário específico ele precisa se conectar, ele ainda tem a liberdade para fazer isso de qualquer local.

Os professores também conseguem utilizar essa agenda para criar um planejamento pautado nessa distribuição de horários e atendimentos.

#5 Trocas de experiências

Instituições com foco no ensino a distância podem utilizar recursos como a videoconferência como forma de socialização, integração e vínculo entre professores e alunos. Não pensando apenas na operacionalização dos conteúdos ou formas de o professor dar a sua aula.

Não é fácil promover a humanização quando a comunicação é através de aparatos tecnológicos, no entanto ainda assim é possível. E isso, por incrível que pareça, depende mais da mediação de um moderador do que da utilização de um equipamento ou aplicativo específico.

É muito possível trocar experiências e ter contato com outras pessoas através da videoconferência. Além de ser um diferencial para a instituição de ensino, ainda contribui para a aquisição de competências tão importantes para o século 21 como a capacidade de trabalhar em equipes globais com times remotos.

#6 Horário flexível com tutores

Não são todas as instituições que conseguem trabalhar dessa forma, principalmente as menores, pois garantir uma flexibilidade no horário dos tutores demanda recursos e pessoas. Contudo, vale a pena investir em tutores que tenham a capacidade de atender as necessidades dos alunos de forma virtual.

Aqui estamos falando de pessoas, mas no futuro (próximo) compreenderemos que isso será feito através de assistentes virtuais onde o aluno terá a oportunidade de ter um tutor personalizado e em tempo integral. Um exemplo pode ser conferido através da plataforma LIT.

Seja como for, quando pensamos nas tendências para a educação do futuro, precisamos compreender que personalização e tempo integral (aluno decide a hora que quer aprender) precisarão estar presentes e fazer parte da estratégia de negócio das instituições. A videoconferência ajuda neste caso por trazer muita flexibilidade de horários e locais físicos tanto para alunos quanto para professores.

#7 Grandes transmissões

Pense em uma aula inaugural, aula aberta ou até mesmo uma primeira semana de aulas. Algumas universidades como MIT e Harvard já fazem esse tipo de ação. É uma maneira não só de propagandear sua instituição como também de mostrar seu trabalho.

Uma transmissão grande, para muitas pessoas, é muito interessante para mostrarmos que tipo de aula ofertamos para nossos alunos e como eles podem se sentir parte da universidade. Seja de forma presencial ou a distância. Essa estratégia pode ser um grande chamativo para aqueles que ainda estão na dúvida sobre qual instituição escolher.

#8 Defesas de banca

Essa prática já é mais comum e abordada por diversas universidades. Como já bem sabemos, hoje em dia é possível estar em vários lugares e ainda assim não se desconectar de nossas realidades e atribuições do dia a dia. Dito isto, sabemos que é possível cursar etapas da graduação ou pós graduação em locais distintos e defender sua dissertação ou tese sem nenhum tipo de prejuízo. Com o advindo da videoconferência, essa possibilidade se torna viável. Seja para o aluno ou professor que se conecta remotamente.

A comunicação remota ajuda também a participação de professores em defesas de bancas de alunos de outras instituições. Na pós-graduação, muitas vezes é requerido que um ou mais membros da banca sejam de outras instituições ou até mesmo de fora do país. A comunicação remota nesses casos permite colaborações que antes talvez não fossem possíveis por questões de tempo, distância e custo.

#9 Aluno ouvinte

Você não está necessariamente interessado no certificado, mas sim no aprendizado que pode ter com aquele curso ou disciplina específica? Quando este for o seu interesse pense em se matricular como aluno ouvinte. Para algumas universidades essa prática já é possível.

Você participa de todos os momentos, mesmo que remotamente, mas não tem o mesmo compromisso com instrumentos avaliativos como os seus colegas. E com a videoconferência, você pode assistir as aulas de qualquer lugar.

Certamente essa é uma ótima oportunidade para conhecer um curso ou uma universidade diferente. Possibilita, inclusive, experimentar instituições fora do país que tenham essa oportunidade de ensino.

#10 Professores remotos

Foto da segunda edição do evento Lead for Tomorrow, mostrando a participação de um apresentador remoto via videoconferência.

Assim como os alunos podem se conectar de outros lugares, professores também. Nas redes públicas são constantes tais práticas, até em função de logística. Um exemplo é o centro de mídias organizado pelo MEC que tem como intuito mediar a educação através da tecnologia, com possibilidade de conectar professores e alunos.

Mas também podemos contar com professores convidados e demais profissionais que tenham o desejo de compartilhar informações e experiências. Isso depende exclusivamente da organização da universidade e do planejamento do professor titular. Imagine uma aula em que apenas alunos e um monitor estão na sala física, com o professor, em outra localidade, aparecendo em um telão via videoconferência.

Seja como for, é uma prática simples que pode acontecer com poucos recursos e ressignificar uma aula.


O maior investimento que podemos fazer são nas pessoas que atuarão todos os dias em nossa organização, corporativa ou institucional. Por isso, com grandes pessoas e poucos recursos já é possível transformar muitos processos.

A videoconferência é um exemplo de ferramenta que possibilita essa transformação, pois através dela temos a capacidade de conectar indivíduos, ressignificar nossos momentos e, de bônus, criar momentos de aprendizado muito especiais e acessíveis a um grande número de pessoas.

Fonte da imagem de capa: Pexels