Não há dúvidas de que o advindo da videoconferência mudou os formatos de comunicação e o jeito como nos relacionamos. Muito além da esfera profissional, como parte da estruturação e definição dos negócios, mas também no âmbito pessoal. E se você precisasse se comunicar, mas não necessariamente tivesse que estar presente?
Antes de existir a possibilidade de conversar à distância usando áudio e vídeo, via videoconferência, as opções de comunicação eram bastante limitadas. Ainda que tentássemos ser criativos, o sinal de fumaça não era eficiente. Ficávamos entre as cartas ou telefonemas.
O fax resolvia nossa vida em alguns momentos, mas ainda assim não podemos dizer que isso chegava a ser uma comunicação real. Hoje estamos tão acostumados com respostas instantâneas que é difícil imaginar o tempo em que pessoas se comunicavam de um jeito tão assíncrono, esperando, em alguns casos, até semanas por uma resposta.
Antes de 1960 e do surgimento da videoconferência, se fosse necessário, as pessoas eram obrigadas a viajar grandes distâncias para se fazerem presentes. Por vezes, executivos faziam os tais “bate e volta” para participarem apenas de uma reunião. Imagina o tempo envolvido nesse processo?
Claro que as primeiras tecnologias por vídeo chamada não eram nada baratas, já que não existia internet e a comunicação era feita via satélite. No entanto, para corporações que dependiam de muitos encontros e reuniões, tal solução se pagava com o tempo. Nesse sentido, é impossível não pensar na grande economia que as empresas tiveram com o advindo das novas tecnologias de vídeo. É claro que encontros presenciais ainda são extremamente importantes, principalmente em grandes negócios ou em um primeiro contato com o cliente, entretanto, em qualquer lugar e a qualquer momento, realizamos ligações por vídeo em questão de minutos, seja pelo celular, tablet ou computador.
Com as transformações da videoconferência, foi possível não apenas interagir através de áudio e vídeo, mas também compartilhar diversos tipos de informações, telas e materiais específicos, colaborando de um jeito super interativo. Sentir-se praticamente presente e, por pouco, não estar de fato com as pessoas.
O cara a cara virtual
E o telefone, não resolvia todos esses problemas? Sim, porém não 100%. É fácil perceber que cada vez menos usamos os telefones modernos, nossos smartphones, para fazer ligações. São tantas funções e opções que tendemos a usá-lo das formas mais interativas possíveis. Falar ao telefone ainda é importante, escutar a voz do outro em alguns casos traz mais seriedade e compromisso naquilo que queremos comunicar.
Agora, pense no contato com um cliente pela primeira vez: você se sentiria confiante falando apenas pelo telefone? Outro exemplo, imagina tentar conhecer alguém pelos antigos canais telefônicos de relacionamento? Parece super estranho pensar como era possível conversar por horas pelo telefone sem nunca ter visto aquela pessoa e ainda marcar um encontro! A comunicação por vídeo aproxima as pessoas e reduz essas “estranhezas”.
Um face a face real, mas virtual. Isso mesmo! Em 80% dos casos, os problemas e necessidades são melhor discutidos quando conversados diretamente, cara a cara. Isso significa fugir das mensagens instantâneas, e-mails ou até telefonemas.
Temos, inclusive, aquelas amizades que são apenas virtuais. Estar conectado 24 horas por dia e poder interagir com qualquer pessoa em qualquer parte do mundo nos incentiva a sermos mais comunicativos.
Com a internet e as novas possibilidade de comunicação, as pessoas começaram a optar por conhecer pessoas também no formato virtual. Muitos casais, inclusive, se conheceram por meio de sites e aplicativos de relacionamento ou até nas redes sociais. Ou seja, não importa a distância, se a vontade existe, sempre conseguimos ver, conversar e interagir!
Outro ponto interessante é que nem sempre é tão legal ser formal e a videoconferência tem cooperado muito nesse sentido. Muitos negócios têm dado certo por meio da informalidade. A necessidade hoje é fazer com que as coisas aconteçam, de preferência sem tanta burocracia e interferências na comunicação.
Conectar-se com o cliente e resolver problemas tem sido algo usual e, às vezes, uma vídeo chamada vale muito mais do que um e-mail. Um simples texto ou uma mensagem de áudio podem ser facilmente mal entendidos. Uma comunicação por vídeo traz diversos sinais adicionais que ajudam as pessoas a transmitirem suas mensagens e serem entendidas da forma que esperam. Em uma comunicação informal, mas ainda assim séria, esses sinais são de extrema importância.
Um mundo em constante mudança
Faz tempo que deixamos de ser uma sociedade líquida, as mudanças são tão rápidas e constantes que é possível presenciar diariamente. Nossa vida caminha nesse ritmo e é necessário que tenhamos tecnologias que nos acompanhem.
Os nossos contatos vêm e vão de forma rápida, assim como a comunicação e a necessidade de nos conectarmos a tantas pessoas. A videocolaboração tornou possível mantermos nossas rotinas diárias, sem perdermos agilidade e qualidade nos encontros, agora mais virtuais do que presenciais.
Essa comunicação, porém, precisa ser prática, cômoda e ágil. Hoje não tem como ser diferente: são muitas demandas e necessidades simultâneas e, mesmo sem nos darmos conta, estamos em muitos lugares ao mesmo tempo (ou, normalmente, com a mente em vários lugares ao mesmo tempo).
Não é mais tão necessário ter uma grande e imponente sala de videoconferência, bastam alguns recursos básicos e pronto. O foco está em realizar esses encontros com a maior excelência possível: basta uma internet de qualidade e um equipamento com boa configuração. Em casa, no trabalho ou qualquer outro lugar, não importa. Queremos mesmo é cumprir nossas tarefas, dar check em nossa lista de tarefas e seguir para os próximos desafios.
Ainda bem que a cada nova necessidade, surgem infinitas possibilidades tecnológicas. Na própria videocolaboração presenciamos diversos produtos, recursos e funcionalidades sendo criados a todo momento.
Pensando no futuro, como a comunicação pode continuar influenciando o modo em que interagimos, pensamos e nos relacionamos? Que outras mudanças ainda acontecerão? Será que em algum momento nos sentiremos próximos, mesmo estando distantes? Será que chegaremos ao ponto de acharmos que estamos de fato realizando um encontro real por meio de uma videoconferência?
Todas essas transformações serão tão rápidas que provavelmente não teremos tempo para reflexão. O que podemos afirmar é que as tecnologias facilitam muito nossos processos diários e tentam, das formas mais criativas, resolver nossos problemas e manter nossa qualidade de vida.
Poderíamos finalizar esse post dizendo o quanto tudo isso é incrível, mas isso não seria verdade. O fato é que essa revolução na comunicação é apenas uma parte do que ainda está por vir, pois estamos em constante evolução.
Ainda iremos nos deparar com grandes mudanças, não futuras, mas atuais. Algumas como a popularização das tecnologias imersivas e a holografia acessível a todos. A grande missão é tornar o contato virtual cada vez mais real.
