Você já ouviu falar sobre a relação entre as correntes pedagógicas de instrucionismo, construtivismo e construcionismo com o estímulo, ou não, da criatividade e independência do aluno?
Esse é um tema bastante discutido no universo educacional, e hoje vamos te apresentar um pouco mais sobre como essas abordagens podem conduzir um processo de aprendizagem!
Definindo o Instrucionismo
Possuindo um caráter que privilegia a aprendizagem por repetição, o instrucionismo é uma corrente que se baseia bastante na ideia de que o aluno aprenderá através da visão de outra pessoa (nesse caso um professor ou, ainda, um computador) .
É um método bastante defendido quando se fala de disciplinas e/ou conteúdos que requerem a aplicação de fórmulas específicas, como matemática ou física. Em contraponto, por ser uma corrente com esse foco na repetição, o aluno acaba sem incentivo para reflexão e desenvolvimento da sua criatividade. Ou seja, o conteúdo será passado sem relação alguma com a realidade do estudante, suas aptidões e interesses, não havendo, portanto, uma identificação aluno-conteúdo.
No livro Construcionismo e Instrucionismo: Pedagogia em diálogo com a modernidade, o autor Cicero Carneiro discorre sobre essas suas correntes pedagógicas no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para a aprendizagem. Explicando um pouco a teoria de José Anchietta Silveira, Carneiro afirma que:
“Silveira explica que enquanto na abordagem instrucionista, o fabricante procura fazer um jogo que ensina, no qual o instrutor ensina o caminho e a criança reproduz, na construcionista o fabricante recomenda, no sentido de que a criança faça ela mesma. As crianças são protagonistas, uma vez que elas desenvolvem uma percepção do seu eu e um senso de controle.”
Quando pensamos, então, na relação entre o instrucionismo e o desenvolvimento das habilidades e competências do aluno, fica perceptível que ao optar por abordagens de repetição no processo de aprendizagem, o professor deixa de ser o mediador e passa a ser apenas um avaliador qualitativo. Em outras palavras, o aluno “aprenderá” com base na observação e replicará tudo que lhe foi instruído, sem incentivos para o seu próprio desenvolvimento.
Como privilegiar a criatividade no processo educacional?
Hoje em dia já se tem conhecimento sobre a importância de elevar a independência do aluno e torná-lo protagonista do seu próprio processo de aprendizagem. E é bastante claro que, para alcançar isso, o modelo de ensino precisa ser flexível e focado nas competências.
Claro que não existe uma fórmula mágica ou um documento pronto que diga “faça assim ou faça assado”, mas alguns pontos são importantes e necessários. Como por exemplo:
- Seja um estimulador e não apenas uma figura de autoridade em sala de aula;
- Proponha atividades que façam sentido e se relacionem com o dia a dia dos alunos. Ou seja, quanto mais identificação, melhor será o processo;
- Deixe-os confortáveis para opinar sobre as dinâmicas e conteúdos;
- Utilize o máximo possível as possibilidades da tecnologia. Invista em conteúdos multimídia, gamificação e novos métodos de ensino.
Esse é um tema bastante complexo, como já mencionamos no começo desse artigo. Nessa semana, ele será o tema principal do 27° CIAED, Congresso Internacional da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). O instrucionismo x criatividade será debatido por diversos especialistas da área educacional, assim como os trabalhos científicos e as empresas que estarão expondo os seus serviços/produtos no lounge de inovação.
Elos no CIAED 2022
Neste ano a Mconf, empresa que desenvolve o Elos, terá a honra de participar do evento, junto do Ecossistema de Edtechs Simplifica, unindo diversas empresas com o mesmo propósito: melhorar cada vez mais a educação!
O evento acontece entre os dias 20 e 24 de março, em Fortaleza - Ceará. Os visitantes poderão conhecer muito mais sobre as empresas que estão movimentando o cenário educacional, participar de minicursos e mesas redondas, ou ainda assistir a apresentações de projetos científicos.
Para saber mais sobre o CIAED, clique aqui.