Quem gosta de ficção científica e acompanha todos os lançamentos de filmes e até dos diretores, sabe muito bem que essas super produções não são baseadas apenas em imaginação e criatividade. Muito do que é produzido e destinado aos entusiastas e espectadores é, pelo menos em parte, garantia de muita pesquisa e experimento.
O que isso quer dizer? Bem, não acredite que tudo o que você assistiu em De volta para o Futuro é somente ficção. Em 2016, um ano após a previsão do filme, a Nike desenvolveu o famoso tênis de Marty McFly.
Além disso, também sabemos que os carros voadores já existem, apesar de ainda não os encontrarmos voando por aí. Se você ainda não está convencido, pense um pouco sobre o épico filme Avatar. O que significa para você uma realidade paralela senão a que já conhecemos? Nossa famosa realidade virtual e seus gadgets como os jogos, simuladores e emuladores.
Ainda não temos a mesma sofisticação do filme, mas em poucos anos teremos e será tão surreal que talvez não saibamos mais em qual realidade de fato estaremos.
O futuro da comunicação parece uma grande sequência de incríveis filmes de ficção científica. Mas não se deixe enganar, pois os filmes é que são consequência da nossa exponencial evolução tecnológica.
Neste artigo vamos discutir algumas tecnologias associadas ao futuro da comunicação, relembrando filmes e episódios de séries épicos as quais elas aparecem.
1 - Telepresença
Quem acompanha a série recordará dessa cena em que Sheldon aparece “dentro” de seu Shel-Bot, um robô de telepresença. The Big Bang Theory é um seriado de comédia em que melhores amigos físicos compartilham um apartamento e trabalham no Instituto Tecnológico da Califórnia.
Seriado à parte, veja que incrível essa imagem à cima: muito além da ficção, já é realidade em diversos locais, até mesmo em hospitais. Já existem casos de telemedicina que operam dessa maneira, quebrando barreiras de localidade. Cada vez mais contaremos com esses módulos de robôs assistentes operando em escritórios, hospitais e quem sabe em nossas casas.
2 - Mundo imersivo
Black Mirror é uma fonte de inspiração para nós, meros mortais. No entanto, suas tendências tecnológicas não passam de reais previsões, tirando alguns dramas e exageros. Quando falaram sobre virtualização da realidade em “San Junipero”, da terceira temporada, foram geniais. Abordaram o tema de forma tão impactante que o episódio conquistou dois prêmios no Emmy de 2017.
A verdade é que seguiremos fortemente para essa evolução tecnológica. Ambientes virtualizados e paralelos serão tão reais quanto os que vivemos e a comunicação se baseará nesses ambientes. Em um ou dois clicks, seremos transportados para as realidades mais surreais possíveis. Isso é muito Black Mirror!
3 - Interface cérebro-máquina
Como nos conectamos às máquinas e nos transformamos em um ser híbrido? Talvez essa seja a tendência mais disruptiva e difícil de compreender. Matrix, por exemplo, ilustra essa realidade conectando seus personagens a uma realidade paralela de máquinas, por meio de equipamentos específicos.
O ciborguismo é um termo destinado a corpos que, de alguma forma, se entrelaçam a entidades artificiais, como hardwares ou softwares. O futuro da humanidade, mais do que da comunicação, é a parceria entre nossos corpos e esses sistemas com o objetivo de nos aperfeiçoarmos utilizando o melhor de nós e da tecnologia.
A própria explicação do conceito de interface cérebro-máquina parece ficção, mas a verdade é que a mais avançada forma de comunicação será por meio da interação entre o nosso cérebro e a máquina. Conseguem imaginar bilhões de pessoas conectadas a esses sistemas, mandando seus pensamentos para a nuvem e compartilhando com outras pessoas? O resultado disso é que saberemos mais do que as pessoas falam, mas também o que sentem e pensam.
4 - Inteligência artificial
Ela é um dos filmes mais clássicos de ficção, o qual retrata a forma como nos comunicamos e principalmente seus impactos sobre a sociedade. Atualmente, estamos na era da disseminação de assistentes pessoais e inteligências artificiais: deixe a Siri aprender com você, converse com a Cortana ou peça algo ao seu Assistente Google.
Estamos completamente imersos nesse mundo intrigante, desafiador, surpreendente e, principalmente, sem volta. A linguagem natural das máquinas está, em alguns aspectos, em um nível intelectual superior à dos seres humanos. Em pouco tempo não saberemos mais se estamos conversando com pessoas ou com máquinas - e isso não fará tanta diferença.
A forma como nos comunicamos e até com quem nos comunicamos se redefinirá totalmente. E não pensem que se dará apenas através da voz: com a inteligência artificial e a elegância de alguns algoritmos, pessoas consideradas reais serão nada mais do que uma complexa junção de códigos transformados em seres fictícios. Talvez mais interessantes, inclusive, que a gente.