Funil de Inovação para implementar novas tecnologias educacionais

A inovação, além de ser uma parte fundamental e estratégica de qualquer empresa, também é uma das chaves para a eficiência dos processos e sucesso geral de uma instituição. Quando falamos em educação e na busca por novos conhecimentos, é quase impossível imaginar uma instituição de ensino antiquada, sem acesso a internet e com metodologias de ensino completamente ultrapassadas, né?

Falamos isso porque, como já mencionamos em outros artigos aqui do blog, o mercado vem se tornando cada vez mais competitivo, ao passo que os estudantes ficaram muito mais exigentes na hora de escolher um curso. Por isso é tão importante buscar por pontos que destaquem a sua IES das demais e a evidenciam frente ao cliente-alvo.

Segundo uma pesquisa realizada pela empresa D2L, que entrevistou mais de 4 mil pessoas em instituições de ensino superior, 72% dos entrevistados disseram que a sua postura em relação às tecnologias da educação mudou durante o período de pandemia, e 90% deles afirmaram que passaram a enxergar essa tecnologia como positiva. O estudo ainda diz que:

“Esse é um número impressionante, que ressalta a importância que as soluções digitais passaram a ter para educadores e alunos. Com as novas mudanças que estão por vir, o mais provável é que essa nova valorização da tecnologia traga resultados educacionais ainda melhores.”

Agora chegamos onde queríamos desde o começo: como tornar a instituição competitiva e atraente? É claro que existem inúmeros pontos essenciais, mas hoje falaremos de um que impacta diretamente a jornada acadêmica dos alunos: os processos de inovação da IES.

Importância do investimento em novas tecnologias

Manter a instituição e as metodologias sempre atualizadas já não é mais um diferencial, mas uma obrigação das empresas se quiserem manter-se competitivas no mercado. A tecnologia, além de ser uma grande aliada da educação, é uma das ferramentas capazes de transformar o processo educacional e torná-lo muito mais dinâmico e interativo.

A utilização dessas novas tecnologias não está restrita apenas à aprendizagem propriamente dita, mas pode envolver todos os processos da instituição. Gestores e diretores, assim como professores e alunos, são beneficiados pelo investimento em tecnologias, uma vez que deixam os processos gerenciais e administrativos muito mais ágeis.

A gestão tem o papel de assegurar os investimentos em inovação e a equipe técnica/pedagógica é responsável pelo desenho e implementação do funil de inovação como forma de garantir a contratação das melhores tecnologias. Ou seja, para que se efetive uma compra, o sistema precisa estar de acordo com as necessidades da IES e passar por todas as etapas do funil.

Conheça a ISO 56002: a normativa da inovação!

Já ouviu falar sobre essa normativa, que vem ajudando empresas e instituições a continuarem crescendo e gerenciando suas inovações? Criada pela International Organization for Standardization (ISO), a norma tem como objetivo levar o que é novo no mercado para dentro das corporações. Diferentemente de algumas outras normativas da ISO, a 56002 (Sistema de gestão de inovação-Orientação) se propõe a ser um guia de boas práticas e de diretrizes, para mostrar ao mercado o melhor caminho na hora de inovar processos e materiais.

Além de ser construída para dar sustentação a tecnologia dentro de uma empresa, a ISO na qual falamos é baseada em oito pilares:

Direção Estratégica: esse primeiro pilar se refere a definição dos objetivos, metas, estratégias micro e macro da empresa na hora de definir um novo processo de inovação;
Abordagem por Processos: a ISO diz que é apenas definindo papéis e dividindo responsabilidades que a instituição será capaz de inovar e rentabilizar;
Geração de Valor: é indispensável que, como mencionamos no tópico anterior, a inovação traga rentabilidade para a instituição. Isso pode acontecer tanto em forma de lucro propriamente dito ou através da melhoria em processos para redução de despesas;
Liderança com foco no futuro: sem um(a) líder forte e capaz de motivar os funcionários, nem mesmo o que já é tradicional se sustenta, quem dirá uma inovação;
Cultura Adaptativa: fortaleça e incentive uma gestão mais descentralizada, com maiores liberdades individuais e coletivas, além de valorização das pessoas e de novas ideias.
Gestão de Incertezas: construa um bom processo de gestão de riscos, afinal qualquer instituição está sujeita a transformações e ameaças externas, por isso ter uma estrutura bem definida é necessário para evitar os problemas;
Resiliência e Adaptação: transformações tecnológicas obrigam as empresas, de qualquer ramo que seja, a acompanhar o ritmo das exigências e necessidades cada vez mais acentuadas dos consumidores;
Gestão de Insights: esse último tópico é, talvez, um dos mais importantes para operacionalizar toda a gestão de inovação proposta pela ISO 56002. Aqui, nos deparamos com o funil de inovação, por onde todas as ideias, em fase de insight ou desenvolvimento, precisam passar.

O Funil de Inovação na ISO 56002

O último tópico entre os oito pilares da normativa nos apresenta uma sugestão de funil para implementação de novas tecnologias, para que entrem ideias e saiam soluções bem construídas. É claro que a organização, entendendo das suas necessidades, tem liberdade para construir o seu próprio caminho e/ou modificar o modelo proposto pela ISO 56002. Abaixo, vamos te apresentar o funil proposto na norma:

Vamos explicar cada uma das fases:

Identificação de Hipóteses: Análise das necessidades junto às equipes de trabalho, bem como das tendências de mercado. É o primeiro passo de tudo, o que também podemos chamar de “fase de ideação”;

Criação de Conceito: Avaliação de riscos, grau de novidade e as implicações dessa inovação na instituição. Os conceitos são desenvolvidos a partir de ideais e soluções potenciais;

Validação dos conceitos: os conceitos iniciais precisam ser validados com testes, experimentos, pilotos e estudos aprofundados. Com isso, é possível verificar as incertezas mais críticas com foco em minimizar as possíveis lacunas e ajustar a inovação de acordo com as necessidades;

Desenvolvimento dos conceitos: como o próprio nome já diz, é a fase em que a solução começa a ser desenvolvida. Não necessariamente ela deve ser construída internamente, pode ser também através de aquisição ou terceirização dos serviços. De qualquer forma, é preciso que se construa um plano detalhado de funcionamento e benefícios para as atividades da instituição, como uma forma de “defesa” da solução para o público atingido;

Implementação da solução: depois de passar por todas as etapas do funil, a inovação está pronta para ser implementada na instituição para ser distribuída a alunos, professores e demais usuários. Nessa fase também é importante que se faça uma análise de satisfação e usabilidade, dando voz a todos os usuários e identificando os pontos fortes e fracos da solução.

Benefícios de implementar um sistema de gestão de inovação

Qualquer organização que queira se destacar no mercado precisa de diferenciais e constantes atualizações em seus processos e metodologias. Uma das maneiras de se alcançar esse destaque é, justamente, por meio do investimento em tecnologias inovadoras e facilitadoras para aprimorar a eficiência.

Quando falamos de um sistema de gestão inovador e de um funil bem desenvolvido para implementar as inovações, os benefícios - tanto internos quanto externos - refletem no valor tangível e intangível que essa instituição terá frente aos concorrentes. Confira abaixo uma lista com alguns desses benefícios:

Engajamento interno entre as equipes, uma vez que os processos são otimizados, além de aumentar os níveis de colaboração e comunicação dos funcionários;
Melhoria na gestão de risco interna da instituição e crescimento das sensações de “desafio cumprido”;
Aumento da competitividade da instituição no mercado, uma vez que quanto mais inovações úteis e bem empregadas, mais visibilidade com os stakeholders;
Crescimento nos níveis de satisfação dos já estudantes, tendo em vista a preocupação da instituição em suprir as suas necessidades;
Aumento do capital financeiro, da rentabilidade e da sustentabilidade institucional;
Melhoria na reputação da instituição, aumentando consequentemente a autoridade de marca e reconhecimento.

Com esse artigo quisemos te mostrar que quando se fala em inovação, não existe uma receita de bolo perfeita! Tudo precisa ser adaptado para a realidade e necessidade da instituição implementadora.

É claro que, como apresentamos acima, existe um guia prático e instrutivo para dar um norte aos iniciantes, principalmente aqueles que precisam criar o seu próprio funil de inovação. Então, aproveite as nossas dicas e mão na massa!

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