PBL: O que é + 05 dicas para aplicar em aula

Você já ouviu falar em Metodologias Ativas para Educação?

O primeiro passo para entendê-las é esquecer a concepção de que o professor passa o seu conhecimento para o aluno. As metodologias ativas defendem que todo o processo de aprendizagem é uma construção de conhecimento, que só acontece efetivamente quando há interação constante com o objeto estudado.

Existe uma gama diversa de metodologias possíveis de aplicar em sala de aula, e que já foram testadas por profissionais da área. A melhor escolha para o seu curso deve ser decidida após uma avaliação de necessidades e possibilidades que se relacionam com os seus objetivos.

Hoje vamos desmembrar uma metodologia que vem ganhando bastante espaço entre os profissionais da educação: Problem Based Learning (PBL).

Confira também o nosso artigo sobre as Metodologias Ativas que vão revolucionar as suas aulas!

6 Metodologias Ativas para revolucionar suas aulas
Conheça algumas metodologias ativas de educação para remodelar suas aulas, promovendo mudanças significativas na aprendizagem.


O que é o Problem Based Learning?

Também chamado de Aprendizagem Baseada em Problemas, o método foge bastante do que era ‘’comum’’ no ensino tradicional. O conhecimento é construído de forma coletiva, a partir da resolução de um problema real proposto pelo docente.

Ele se baseia em três grandes conceitos:

  • Interação entre os estudantes para solucionar os problemas;
  • O conhecimento só é efetivo quando todas as interpretações são compreendidas dentro do grupo de estudos;
  • Os conflitos cognitivos - quando o aluno percebe que os seus conhecimentos sozinhos não serão capazes de resolver os problemas - são fundamentais para o sucesso da aprendizagem.

Para deixar a construção ainda mais significativa, opte por iniciar o trabalho com uma proposta bem instigante!

Agora, vamos te apresentar alguns passos importantes para introduzir o PBL na sua metodologia de aprendizagem.

Separe os alunos em grupos

Um dos objetivos dessa metodologia é justamente fornecer instrumentos para que o estudante esteja cada vez mais preparado para o mercado de trabalho. Portanto, a divisão em grupos auxilia na troca de conhecimentos e experiências entre os alunos, deixando tudo muito mais criativo.

Pode parecer clichê, mas a afirmativa de que várias cabeças pensam mais do que uma é realidade!

Defina o problema

Essa etapa precisa ser o mais cativante possível, para instigar a vontade de participar.

O professor define um problema do cotidiano, que seja comum na realidade dos estudantes e que tenha relação com o conhecimento que se pretende construir. Depois, contextualiza essa situação a todos os envolvidos para que os grupos façam o diagnóstico e análise desse problema.

Nesse momento é importante encorajá-los a contribuir com ideias em um grande brainstorming. Lembre-se de frisar que não existem ideias ruins!

Hipóteses e possíveis resoluções

O professor dará suporte e direcionamento para os grupos, a fim de entender o que foi identificado acerca do problema proposto. Então, ele deve estimular os estudantes a gerar hipóteses e possíveis formas de resolução para a situação.

Conduza discussões profundas, ouvindo todos os participantes e deixe-os à vontade para debater entre si as hipóteses pensadas. Esse é o momento da grande reflexão e troca de experiências, para que o processo de conhecimento tenha êxito.

Busca por informações

Todas as hipóteses levantadas na fase anterior precisam passar por um filtro de afirmação. Ou seja, identificar explicações que afirmam as possibilidades de resolução criadas pelo grupo.

Isso pode ser feito a partir do estudo de teses, livros, vídeos, entre outros. O ideal é ter uma vasta gama de fontes, com diferentes diagnósticos sobre o tema, para que a busca seja ainda mais rica.

Nesta etapa deixe muito claro aos estudantes que a vida explica a tese, e não ao contrário!

Apresentação da solução e discussão do processo


Por fim, após a conclusão de todas as etapas anteriores, chegou a hora de apresentar as possíveis soluções trazidas pelo grupo. Não apresse as apresentações ou coloque limites de tempo. O estudante precisa sentir que está preparado para provocar uma mudança real através da suas análises.

As apresentações multimídia podem ser grandes aliadas nesse momento, deixando os estudantes mais confiantes sobre todo o processo!

É importante, também, que o senso crítico dos alunos seja colocado a prova e estimulado. Portanto, ao final das apresentações, o docente pode comandar uma roda de conversa ou debates para que o processo seja criticado, discutindo o que funcionou bem e o que pode ser melhor na próxima vez.


Fazer uso de novas metodologias de aprendizagem e manter-se sempre atualizado com as tendências educacionais são a chave para o sucesso do processo de conhecimento dos seus alunos! Incentive-os criativamente e proponha desafios constantes para estimular os sentidos críticos e de independência.

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